Rugas Faciais
Amenize as Rugas Faciais
As rugas faciais são amenizadas com procedimentos médicos, em um deles é utilizada uma forma injetável de substância (aqui chamaremos apenas de “substância”, uma vez que o nome se confunde com a marca e nosso buscador não permite que se use o nome verdadeiro da tal substância mundialmente conhecida) que, quando aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de acetilcolina (neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para contrair. Ao ler o texto e ainda tiver dúvidas sobre qual subtância estamos falando use nosso telefone celular para mais informações.
Desta forma, se interfere seletivamente na capacidade de contração da musculatura e, por isso, as linhas de expressão são suavizadas. Em muitos casos, uma semana após a aplicação elas ficam praticamente invisíveis e os efeitos duram de quatro a seis meses. Após este período, ela pode ser aplicada novamente.
Origem
No final da década de 60, o oftalmologista americano Alan B. Scott, que buscava alternativas para o tratamento não cirúrgico do estrabismo, obteve do Dr. Edward J. Schantz, amostras de uma substênciapara testá-la em músculos extra-oculares de macacos. A experiência foi bem sucedida e Scott publicou seu primeiro trabalho sobre o assunto em 1973, confirmando a substência como uma alternativa eficaz para o tratamento não cirúrgico do estrabismo.
Ainda na década de 70, Scott recebeu autorização do FDA (Food and Drug Administration), órgão que regula o setor de medicamentos dos Estados Unidos para utilizar tal substância em seres humanos, conduzindo estudos durante os anos de 1977 e 1978. Ele descobriu que o produto, quando injetado, relaxava os músculos. Deduziu então que uma aplicação local – em determinados músculos – interrompia momentaneamente o movimento muscular anormal e, dessa forma, corrigia o problema.
E foi a partir do uso terapêutico, que surgiu o uso cosmético. Quando o casal canadense Jean e Alastair Carruthers, oftalmologista e dermatologista respectivamente, observou a melhora das rugas em pacientes tratados para indicações terapêuticas, como blefaroespamo, iniciaram os primeiros estudos na área. Deste então, o uso cosmético da substância A evoluiu e se expandiu em todo mundo.
Logo a seguir surgiu a marca americana da substância e foi a primeira a ser liberada para uso estético (em rugas de expressão), por isso é a marca mais conhecida. Existem, ainda, marcas da Suécia, da China e da Alemanha.
Nos Estados Unidos, ela foi aprovada em 2002 pelo FDA (Food and Drug Administration) para o uso cosmético e em 2004 para hiperidrose até hoje é a única marca aprovada para este fim naquele país.
No Brasil, a marca foi aprovada em 1992 para indicações terapêuticas e, em 2000, para o tratamento de rugas e hiperidrose axilar e palmar. Mas por ser a primeira aprovada, a marca tornou-se muito conhecida e, por isso, sinônimo do procedimento conhecido popularmente.
Uso na Medicina e estética
Na medicina estética a substância tem sido utilizada para tratamento de rugas de expressão, sorriso deprimido, e também para tratamento de hiperidrose palmar e ou axilar. O efeito começa após 24 horas da aplicação e é bem notável após 3 dias. Se necessário alguma complementação, esta deverá ser realizada até 20 dias após a aplicação.
Tratamento estético mais procurado
Em 2007, os tratamentos estéticos não-cirúrgicos lideraram o ranking da ASAPS (Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e Estética) com 9.621.999 procedimentos realizados. Entre os que se destacam como os mais populares e os mais procurados são a aplicação dessa substência que reduz e ameniza rugas (2.775.176) e o preenchimento com ácido hialurônico (1.448.716).
Os dados confirmam a tendência de que os pacientes buscam tratamentos mais simples, práticos e não-invasivos. Ao todo, em 2007, os tratamentos não-cirúrgicos atingiram 82% dos procedimentos estéticos, contra os 18% restante, que foram cirúrgicos. Desde 1997, estes dados representam um incremento de 754% para os procedimentos não cirúrgicos contra 114% para os cirúrgicos.
As mulheres representam o público que mais procura o procedimento, mas a preferência dos homens também cresce de forma interessante (91% mulheres e 9% homens). A faixa de idade em que se concentrou o maior número de tratamentos compreende pessoas entre 35 e 50 anos (46% do total), seguido pelas pessoas entre 19 e 34 anos (21% do total), mais de 65 (6% do total) e por último, menos de 18 anos (menos de 2% do total).
Outras Indicações terapêuticas
Paralisias e contraturas
A distonia é a contração muscular involuntária em diferentes partes do corpo causando distúrbios funcionais, dolorosos e estéticos. A espasticidade é a contração permanente que leva o encurtamento de tendões e músculos, também causando dores e posturas anormais. De acordo com o Ministério da Saúde, a espasticidade compromete 67% dos portadores de lesão medular, 60% dos pacientes com paralisia cerebral, 84% das pessoas com TCE, além de pacientes vítimas de AVC e esclerose múltipla.
Aplicada diretamente nos músculos comprometidos, a substância provoca um relaxamento e bloqueia a atividade motora involuntária, o que reduz a dor e aumenta a amplitude de movimento dos pacientes.
O relaxamento e a melhora na movimentação são fundamentais em todas as etapas do tratamento – permitem que o fisioterapeuta maneje os membros afetados, por exemplo. O tratamento com a toxina pode reduzir o uso de medicação antiespástica e, inclusive, retardar ou evitar intervenções cirúrgicas.
A enxaqueca também teve tratamento com esta substância aprovado.
Referências
- Alan B Scott, Carter C Collins: “Division of Labor in Human Extraocular Muscle“. Archives of Ophthalmology, vol. 90, no. 4, pg. 319-322. Outubro de 1973.
- FDA adverte para uso (2008-02-13). Página visitada em 2008-02-13.