Educação Religiosa
DOUTRINA ESPÍRITA – Módulo I – Prof Dr. Honório Sampaio Menezes.
Contexto histórico do século XIX na Europa
O século das revoluções
Levantes, guerras civis pela liberdade, democracia política ou social, da independência ou unidades nacionais
Revolução Francesa
Revolução industrial
Manifestações artísticas e culturais
Hippolyte Léon Denizard Revail ou Allan Kardec
Voltaire
Montesquieu
Rousseau
DÁlembert
Diderot
Quesnay
Os Estados Unidos foi o primeiro país a absorver o pensamento renovador dos iluministas
Constituição de Filadélfia modelo dos códigos democráticos do futuro
Após o reinado de Luis XV acontece a Revolução Francesa 1789 Separa a Idade Moderna da Contemporânea
Século da Razão XIX final das guerras napoleônicas e o inicio da primeira guerra mundial.
Século das Luzes XVIII
A REVOLUCAO FRANCESA E SUAS CONSEQUENCIAS
A França é um país agrário (23 milhões de habitantes)
Três grupos sóciais básicos: clero, nobreza e burguesia
O clero = primeiro estado
2% da população total, isento de impostos
Alto clero = origem nobre e possuindo grandes rendimentos
Baixo clero = origem plebéia, sem rendimentos
A nobreza = segundo estado
2,5% da população, isentos de impostos, rendimentos senhoriais, pensões reais e cargos na corte
Nobreza rural = direitos de senhorio e exploração agrícula
Nobreza burocrática = origem burguesa, altos postos administrativos.
Burguesia = Terceiro Estado = 95% da população, de ricos comerciantes a pobres camponeses (fabricantes, banqueiros, comerciantes, advogados, médicos, artesãos, proletariado industrial). Sem direito de participação política nem de ascensão social.
Burguesia => revolução francesa de 14 de julho de 1789.
REVOLUÇÃO FRANCESA
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Terror
Exageros favorecem Napoleão
Napoleão Bonaparte (entre 1799 e 1815)
Nova Constituição
Reestrutura burocracia
Ensino público
Declara estado laico
Código Napoleônico
Garante liberdade individual, igualdade perante a lei, direito de propriedade privada, divórcio
Código Comercial
Movimento democrático na França mistura literatura e política:
Lamartine
Victor Hugo
Zola
Na República
Stendhal
Paul-Louis Courier
Chateaubriand
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Inglaterra – século XVIII
Invenção de máquinas e equipamentos
Relações internacionais econômicas, comerciais e políticas
Rede de comunicação de curta e longa distancia
Energia elétrica e eletrônica
Transporte marítimo e aéreo
Pesquisas médico-sanitárias
Desequilíbrios nas relações trabalhistas
EUROPA NO SÉCULO XIX
Mudanças no campo das idéias
Na organização das instituições
Definição de formas de governo
Embates político-sociais
Conquistas científicas e tecnológicas
Planificações educativas
Discussões religiosas e filosóficas
MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS DO SECULO XIX
Manifestações românticas associadas aos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
Manifestações antielitistas e antiaristocráticas
Cultura popular e folclore
Destaque ao heroísmo
Goethe (Fausto-liberdade individual)
Victor Hugo (Os miseráveis)
Eugene Delacroix (quadro A Liberdade)
Richard Wagner (Lohengrin música retrata os socialistas utópicos)
Beethoven (Nona sinfonia homenageia Napoleão)
Liszt (A Rapsódia Húngara – nacionalista)
Chopin (Polonaises – nacionalista)
Rossini, Bellini e Verdi (composições nacionalistas italianas)
Idealismo Romântico se contrapõe ao Realismo
A Pintura na segunda metade do Século XIX:
Impressionismo de Edouard Manet, Claude Monet, Renoir, Cézanne e Degas
MANIFESTAÇÕES FILOSÓFICAS, POLÍTICAS, RELIGIOSAS, SOCIAIS E CIENTÍFICAS DO SÉCULO XIX
Auguste Comte – Positivismo – a humanidade ultrapassou o estado teológico e o estado metafísico ao penetrar no Estado Positivo.
Certeza racional e científica
Exageros do cientificismo, a fé na Ciência se torna a verdadeira Fé
Ciência tornará inúteis a Religião a Metafísica
Idéias Anarquistas – Sociedade sem nenhuma forma de governo e autoridade
William Godwin, Pierre Joseph Proudhon
Idéias Socialistas – Coletivismo de Mikhail Bakunin propõe revolução pelos camponeses (campesinato)
Peter Kropotkin – sociedade comunista sem forma de governo, somente pela cooperação mútua dos indivíduos.
Karl Max e Friedrich Engels – Manifesto comunista – comunismo como fase final da organização social humana, anti-capitalista.
Movimentos políticos confrontam a igreja católica
Lamennais cria o Catolicismo Social (ideal de caridade e justiça)
Fragilidade da Igreja Católica abre espaço para Igrejas Reformadas (Protestantismo)
Reexame das escrituras = teorias da salvação pela fé
Allan Kardec propõe revolução moral pelo Espiritismo
NO CAMPO DA CIÊNCIA
Leverrier – descoberta de Netuno
Louis Pasteur – microbiologia
Pierre e Marie Curie – energia atômica e radio
Charles Darwin – evolução das espécies
Máquina a vapor
Indústria
Proletariado urbano
Operações bancárias (novos ricos)
O dinheiro é tema literário de primeiro plano (insolência dos ricos, misérias)
Século XIX – de 1830 a 1914 apogeu do progresso científico
Elevação do padrão de vida e desejo de conforto e prazer.
ESPIRITISMO OU DOUTRINA ESPÍRITA – CONCEITO E OBJETO
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como suas relações com o mundo corporal.
O espiritualismo é o oposto do materialismo.
Espiritualista é quem acredita haver alguma coisa mais do que a matéria.
CONCEITO DE ESPIRITISMO
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que provêm dessas mesmas relações.
Definição: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
Os adeptos do Espiritismo são chamados espíritas ou espiritistas.
Espiritismo é a ciência que vem revelar a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo.
OBJETO DO ESPIRITISMO
O objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual.
A Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.
Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo.
TRÍPLICE ASPECTO DA DOUTRINA ESPÍRITA
O Espiritismo é a ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrefutáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo.
O Espiritismo é uma doutrina essencialmente filosófica, seu caráter filosófico está no estudo que faz do Homem, sobretudo Espírito, de seus problemas, de sua origem , de sua destinação.
O TRÍPLICE ASPECTO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Científico: concernente às manifestações dos Espíritos
Filosófico: princípios morais que se apóia a doutrina
Religioso: relativo à aplicação desses princípios.
ASPECTO CIENTÍFICO
Os fatos ou fenômenos produzidos por espíritos desencarnados são o objeto de estudo do Espiritismo, cujo conhecimento serve para fixação das leis que os regem.
Eles constituem o meio de comunicação entre o nosso mundo físico e o mundo espiritual, de características diferentes, mas que não impedem o intercâmbio.
O Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto.
Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.
O Espiritismo é uma ciência cujo fim é a demonstração experimental da existência da lama e sua imortalidade, por mio de comunicações com aqueles aos quais impropriamente têm sido chamados mortos.
A Ciência Espírita se classifica entre as ciências positivas ou experimentais e se utiliza do método analítico ou indutivo, porque observa e examina os fenômenos mediúnicos, faz experiências, comprova-os.
ASPECTO FILOSÓFICO
A força do Espiritismo está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso.
Quando o Homem pergunta, interroga, cogita, quer saber o “como” e p “porquê” das coisas, dos fatos, dos acontecimentos, nasce a filosofia, que mostra o que são as coisas e porque são as coisas o que são.
O Espiritismo é uma doutrina essencialmente filosófica, embora seus princípios seja comprovados experimentalmente, o que lhe confere um caráter científico.
O caráter filosófico do Espiritismo está, portanto, no estudo que faz do Hoemem, sobretudo do Espírito, de seus problemas, de sua origem, de sua destinação.
Definindo as responsabilidades do Espírito, quando encarnado (alma) e também do desencarnado, o Espiritismo é Filosofia, uma regra moral de vida e comportamento para os seres da Criação, dotados de sentimentos, razão e consciência.
ASPECTO RELIOGIOSO
O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, como qualquer doutrina espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura.
Não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos, nenhum tomou, nem recebeu título de sacerdote ou sumo-sacerdote.
No sentido filosófico o espiritismo é uma religião, porque é a doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de pensamentos sobre as bases sólidas das próprias leis da natureza.
O Espiritismo repousa sobre as bases fundamentais da religião e respeita todas as crenças, um de seus efeitos é incutir sentimentos religiosos em que não os possui e fortalecê-los nos que os tenham fracos.
No aspecto religioso repousa a grandeza divina do Espiritismo, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.
PONTOS PRINCIPAIS DA DOUTRINA ESPÍRITA
Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
Criou o Universo e todos os seres.
O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo.
O mundo corporal é secundário, poderia deixar de existir ou nunca ter existido.
Os espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade.
A alma é um espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.
Há no homem três coisas:
O corpo ou ser material (como nos outros seres viventes)
A alma ou ser imaterial (espírito encarnado no corpo)
O perispírito ou laço que prende o corpo ao espírito, intermediário entre a matéria e o espírito.
O espírito é um ser real, circunscrito, que, em certos casos, se torna apreciável pela visão, pelo ouvido ou pelo tato.
Os espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, nem em poder, nem em inteligência, nem em saber e nem em moralidade.
Os espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria, todos melhoram pelas reencarnações sucessivas.
Deixando o corpo a alma volta ao mundo dos espíritos.
Todos nós temos muitas existências (reencarnações passadas)
As diferentes existências corpóreas do Espírito são sempre progressivas e nunca regressivas.
Os não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita, estão por toda parte no espaço e ao nosso lado.
Os espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e sobre o mundo físico.
As relações dos espíritos com os homens são constantes. Os bons nos atraem para o bem e os maus nos impelem para o mal.
As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas.
Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou sob evocação.
Os Espíritos são atraídos na razão da simpatia que lhes inspire a natureza moral do meio que os evoca.
A moral dos Espíritos Superiores se baseia em “Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal”
Não há falta irremediável que a expiação não possa apagar.
As diferentes existências permitem o progresso para a perfeição, o destino final.
Tags: Allan Kardec, Alma, Declaração dos Direitos do Homem, Deus, Espírita, Espiritismo, Espíritos, Evangelho, Igreja Católica, Jesus Cristo, Napoleão, perispírito, Positivismo, reencarnação, Religião, Revolução Francesa
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